O Ibovespa, principal índice de ações da B3, foi desde o início da pandemia um destaque negativo por ter chegado a “ostentar” a marca de pior desempenho global entre os benchmarks de mercado. Em 2021, e graças ao rali das commodities em abril e maio, isso mudou. O índice inclusive voltou a chegar perto das máximas históricas de 125 mil pontos, chegando a encostar nos 123 mil pontos na última terça-feira (18).
Conforme destaca Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, o Ibovespa não só teve uma das maiores altas do mundo neste último mês, ocupando o sétimo lugar no período em dólar com alta de 8,12% até o fechamento da véspera, como agora não figura mais sequer no top 10 de piores quedas do ano.
Recentemente, a XP revisou a sua projeção para o Ibovespa para o fim de 2021 de 135 mil pontos para 145 mil pontos, destacando como as duas principais razões para isso o forte aumento nas expectativas de lucros das empresas do Ibovespa e uma leve acomodação nas taxas de juros de longo prazo no Brasil (taxas de juros reais).
A expectativa é de que o lucro por ação no Brasil deva crescer 199% em 2021 em relação ao ano passado. Mesmo quando comparado a 2019, 2021 deve apresentar um forte crescimento de 125%. Já para 2022, o mercado por enquanto projeta lucros estáveis em relação à 2021, muito provavelmente por conta da projeção do dólar mais enfraquecido frente ao real e preços de commodities normalizando em patamares menores. (Do Infomoney)