Projeto de escola em Ceilândia vira política pública educacional

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A volta para as escolas representa também novos hábitos/Arquivo/Divulgação
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Texto de Antônio Claret Guerra

O programa Mulheres Inspiradoras, reconhecido como a melhor iniciativa educacional em direitos humanos, serve de base para a implementação de uma política pública educacional pioneira em Brasília.

O reconhecimento ocorreu em 2015, na primeira edição do Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos Óscar Arnulfo Romero, promovido pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI) e a Fundação SM.

Agora, as lições e os princípios apresentados no projeto, liderado pela professora Gina Vieira Ponte de Albuquerque, do Centro de Ensino Fundamental 12, da região administrativa de Ceilândia, a 30 quilômetros de Brasília, servem de base para a implementação de uma política pública na capital.

“A agenda da educação em direitos humanos é indispensável para o fortalecimento da democracia. Esse prêmio é o reconhecimento de que o nosso trabalho está caminhando na direção certa, foi a confirmação de que estamos alinhados com bases teóricas e concepções de mundo que entendem o estudante na sua integralidade, como sujeito sócio-histórico, e que a nossa luta por uma país democrático e por uma sociedade mais justa, igualitária e livre de violência é coletiva”, disse Gina Albuquerque, professora da educação básica da Secretaria de Educação do Distrito Federal há 30 anos. Ela é mestra em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB), com ênfase em Análise de Discurso Crítico, especialista em educação a distância, desenvolvimento humano e inclusão escolar.

Em 28 de maio, o governo do Distrito Federal (GDF) publicou a Portaria Nº 256, de 2021, implementando o programa Mulheres Inspiradoras na rede de escolas e bibliotecas da cidade, cujo objetivo é promover a valorização do legado de mulheres e meninas nos planos escolares da rede pública de ensino da capital.

O programa implementa projetos de leitura e escrita baseados em autores ou personagens históricas femininas do país e do mundo, abordando as diferentes narrativas de mulheres negras, indígenas e periféricas, entre outras. Dessa forma, o programa visa a estimular o desenvolvimento de uma pedagogia comprometida com o aprendizado integral dos estudantes, centrada na educação para os direitos humanos e para a diversidade.

(Antônio Claret Guerra trabalha na EBC)

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