Comícios antigovernamentais começaram espontaneamente por conta da crise econômica
No domingo (11), milhares dos cubanos participaram em protestos contra o governo comunista, cantando “abaixo a ditadura!”, enquanto o presidente da República Miguel Díaz-Canel chamou seus apoiantes a confrontarem os manifestantes.
Os comícios antigovernamentais começaram espontaneamente em várias cidades no momento em que o país atravessa sua pior crise económica em 30 anos, com escassez crónica de eletricidade e alimentos. Alguns milhares de manifestantes marcharam pela capital, Havana, com o slogan “Queremos liberdade”.
De acordo com a AFP, a polícia utilizou gás lacrimogênio para dispersar a multidão e ao menos dez pessoas foram detidas, enquanto os policiais usavam tubos de plástico para bater nos manifestantes. O presidente do país apelou aos seus apoiantes para tomar as ruas e enfrentar o que qualificou como intentos desestabilizadores protagonizados em várias cidades da ilha.
“Convocamos todos os revolucionários a saírem às ruas para defender a Revolução em todos os lugares“. Em televisiva, ele denunciou também a participação dos EUA nas ações históricas de desestabilização política que têm lugar contra Cuba.
O assessor da Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, tweetou, por sua vez: “Os Estados Unidos apoiam a liberdade de expressão e de reunião em Cuba, e condenarão veementemente qualquer violência ou ataque a manifestantes pacíficos que estejam exercendo seus direitos universais”.