As coberturas de tecido para o rosto são uma ferramenta crítica na luta contra a doença viral
Texto de Vivaldo de Sousa
Em 2020, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, recomendou, em diversos momentos, o uso de máscaras para evitar a propagação da Covid-19. Segundo o CDC, quando usamos uma máscara, protegemos os outros e também nós mesmo. “As máscaras funcionam melhor quando todos usam uma”, resume um comunicado de abril.
Também segundo o CDC, pessoas com dois anos ou mais devem usar máscaras em ambientes públicos e quando estiverem perto de pessoas que não moram em suas casas. Em julho de 2020, o órgão recomendou novamente aos norte-americanos o uso de máscaras como medida preventiva para ajudar no combate á pandemia.
Em texto publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), o CDC afirma que as coberturas de tecido para o rosto são uma ferramenta crítica na luta contra a Covid-19 que pode reduzir a propagação da doença, principalmente quando usado universalmente nas comunidades. Há evidências crescentes de que as coberturas de tecido para o rosto ajudam a evitar que as pessoas com Covid-19 espalhem o vírus para outras pessoas, como citado em material do CDC.
Também foram divulgados alguns vídeos sobre o uso de máscaras no site do CDC.
Um outro texto, divulgado em maio de 2021, informa que pelo menos dez estudos confirmaram o benefício do uso de máscaras. Conclusão: o uso de máscaras pode ajudar a evitar bloqueios futuros, especialmente se combinada com outras intervenções não farmacêuticas, como distanciamento social, higiene das mãos e ventilação adequada.
Em abril de 2020, a agência de saúde da União Europeia também recomendou o uso de máscaras em público para a população geral que não tem sintomas de infecção do novo coronavírus. Em nota, o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) informou que o uso de máscaras de proteção facial em público pode ajudar a reduzir a propagação da Covid-19 na comunidade “ao minimizar a excreção de gotículas respiratórias de indivíduos infectados que ainda não desenvolveram sintomas ou que permanecem assintomáticos”.
Lembrei das orientações do CDC e da ECDC ao ler afirmações de uma procuradora da República de que não é “possível realizar testes rigorosos, que comprovem a medida exata da eficácia da máscara de proteção como meio de prevenir a propagação do novo coronavírus”. Por fim, vale lembrar que no final de julho o governo dos Estados Unidos voltou a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados nas regiões com alta transmissão de Covid. Lá o exemplo começa pelo presidente norte-americano, Joe Biden.