O “namoro” entre os senadores Leila, Reguffe e Izalci Lucas

Bancada federal DF Regufe, Leila, Paula e Izalci Lucas
Reguffe, Leila, Paula Belmonte e Izalci Lucas no ato de filiação da senadora ao Cidadania/Arquivo/Jorge Cury/Misto Brasília
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A senadora Leila assinou ficha hoje no Cidadania e não esconde que tem sonhos na política

O ato de filiação da senadora Leila Barros ao Cidadania hoje (19) à tarde, na Liderança do partido no Senado Federal, foi também um desenho das negociações que ocorrem em torno das eleições majoritárias no Distrito Federal.

A principal estrela do evento deu o tom de como pode ficar o tabuleiro nos próximos meses. “Eu tenho sonhos”, disse Leila Barros numa entrevista após a sua filiação. Ela deixou o PSB com queixas sobre a falta de opções de trabalho, e depois de “um ano de namoro, pelo menos” com o Cidadania.

Foram ao ato, os senadores Antonio Reguffe (Podemos-DF) e Izalci Lucas (PSDB-DF), ambos com um olho no Palácio do Buriti. Izalci já tem se declarado pré-candidato ao governo distrital, mas Reguffe tem dito que ainda não decidiu. Leila Barros garantiu que a conversa entre os vários partidos anda a todo vapor: “Até porque nosso deadline (prazo final) é bem curto, mas não vou dizer quando será”. A pressa se justifica, já que o governador Ibaneis Rocha (MDB) tem uma vantagem nessa costura política para 2022 pelo próprio cargo que ocupa.



A viabilização da campanha majoritária dos três depende deles mesmos. Em 2022, Reguffe encerra seu mandato de oito anos no Senado e pode tanto encabeçar uma chapa ao governo, como tentar voltar ao Senado Federal. Ele disse que ainda não decidiu.

Leila também não confirma, mas garante que vai “estar dentro” dessa composição majoritária. Há espaço para o cargo de vice-governador numa eventual coligação.

Esteve presente também na filiação, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF). Ela comentou hoje que decidiu pela carreira política após um café da manhã com Leila. A família Belmonte tem olhos para o futuro. Além da reeleição de Paula, o marido dela, Luís Felipe, é o primeiro suplente do senador Izalci.



Foi também o principal financiador da campanha do senador tucano e chegou a estar bem próximo do presidente Jair Bolsonaro, para quem prometeu entregar um partido, o Aliança. Não entregou porque não conseguiu reunir 500 mil assinaturas exigidas pela legislação eleitoral.

Leila Barros, assim como Izalci Lucas, têm mais seis anos de mandato no Senado. O Cidadania olha com otimismo o futuro da senadora. O presidente regional do partido, Chico Andrade, pensa grande. Com a filiação da ex-jogadora de vôlei, o Cidadania pode “pensar logo num projeto de poder para o DF”.

Reguffe também não esconde a situação atual. “Você pode contar sempre comigo”, referindo-se a Leila. “Tenho uma excelente relação”, ao citar o presidente nacional do Cidadania, o ex-deputado Roberto Freire. O ex-senador Cristóvão Buarque (PDT) também participa das negociações. Só não esteve no encontro por conta da pandemia.


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