A expectativa de economistas consultados pelo consenso Refinitiv era de estagnação
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou variação negativa de 0,1% no terceiro trimestre de 2021 na comparação com o segundo trimestre deste ano. O resultado representa o segundo trimestre consecutivo de estabilidade. Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e serviços finais produzidos no país, chegou a R$ 2,2 trilhões.
O dado, por sua vez, representou alta de 4% na comparação com igual período do ano passado. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O ministro da Economia, Paulo Guedes, minimizou a queda de 0,1% no PIB no terceiro trimestre deste ano, como resultado da forte queda no setor de agronegócio. À CNN, Guedes afirmou que a baixa de 8% no agro, que puxou o PIB geral para baixo, foi localizada e tem efeito transitório.
“Foi um acidente de percurso, um acaso, como chuva, vento. Um setor teve queda [agronegócio]. Para o próximo mês, o efeito disso passa, é transitório. A dor de cabeça é muito maior com a inflação”, ressaltou.
O indicador veio pouco abaixo do esperado. A expectativa de economistas consultados pelo consenso Refinitiv era de estagnação em relação ao segundo trimestre. Na comparação anual, contudo, o resultado veio abaixo da alta de 4,2% esperada, informou o Infomoney.
Com o resultado divulgado nesta quinta, a economia brasileira registra alta de 5,7% até setembro, ante igual período de 2020. Já no acumulado dos quatro trimestres encerrados em setembro houve alta de 3,9%.
Analistas e gestores, já há algum tempo, vêm diminuindo suas projeções para a economia brasileira em 2021. De um crescimento de 5,27% no meio de julho, o último relatório Focus, do Banco Central, trouxe a projeção de uma alta de 4,78% – apesar de ainda estar melhor do que os 3,50% do início do ano.