Categoria reclama que não recebe aumento salarial e que há cortes no Orçamento para o órgão
Os auditores fiscais da Receita Federal começaram hoje (27) um movimento de greve e de operação padrão. O protesto é contra a falta de reajuste salarial, que foi concedido aos agentes de segurança (Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e policiais penais). Os auditores também reclamam de cortes no Orçamento da União para 2022.
A decisão dos funcionários da Receita foi tomada na semana passada com a participação de cerca de 4 mil pessoas numa assembleia geral extraordinária virtual. A aprovação pela greve foi de 97%.
O presidente da Unafisco Nacional, auditor Fiscal Mauro Silva, disse que os cortes no orçamento da Receita Federal afetarão diretamente a área de Tecnologia da Informação (TI), uma das mais importantes para atuação dos auditores fiscais. Para ele, o orçamento aprovado desrespeita o Fisco nacional. “O governo não tem compromisso com a Administração Tributária.”
O presidente da Unafisco disse, ainda, que “pacientemente, durante cinco anos, os auditores vêm aguardando o cumprimento” do acordo sobre o Bônus de Eficiência. “Estava previsto no orçamento [de 2022] e mais uma vez esse acordo foi descumprido. Então, a paciência, realmente, se esgotou. O sentimento de indignação veio à tona. A entrega de cargos é generalizada”, afirmou numa entrevista à Rádio Jovem Pan.
Segundo a Unafisco, ao promover o desmonte da administração tributária e inviabilizar as atividades da Receita Federal, o governo federal prejudica diretamente sua própria capacidade arrecadatória, que certamente será menor se a situação permanecer como está.