Anúncio foi feito durante uma entrevista. O intervalo de vacinação das doses será de oito semanas
O Ministério da Saúde anunciou há pouco que vai incluir as crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. Os dados foram informados durante uma entrevista coletiva com a participação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e secretários da pasta.
O ministério anuncia a inclusão das crianças depois de 20 dias após a Agência Nacional de Vigilância autorizar a imunização desse público. A vacinação não será obrigatória. A vacinação até março deve atingir a 20 milhões de crianças. Atualizado às 18h13.
O Misto Brasília transmite ao vivo a entrevista coletiva – confira na primeira página do site
Rosana Leite Melo, secretária de Enfrentamento à Covid, disse que a imunização das crianças já estava previsto. “E que a vacinação será feito no tempo certo”. Os especialistas afirmam que o governo perdeu um tempo precioso, já que esse atraso deve impactar no início do ano letivo, previsto para fevereiro na maioria dos estados e no Distrito Federal.
Rosana Leite voltou a falar que os pais voltem a consultar os médicos e que os pais e responsáveis devem estar presentes na vacinação. É a repetição de um discurso que Queiroga já falou e que provocou muita polêmica, a consulta pública e uma audiência pública. Nesta audiência, a maioria esmagadora dos cientistas disseram que a vacinação é fundamental para reduzir a transmissão da doença.
Ela pediu que a vacinação deve começar pelas crianças mais velhas dessa faixa etária e por àquelas com comorbidades. Os governos estaduais são unânimes na necessidade de vacinação imediatamente e sem prescrição médica. E que o intervalo entre a primeira e a segunda dose do imunizante Pfizer deve ser de oito semanas. a Anvisa tinha sugerido 21 dias.
Durante a entrevista informou-se que a taxa de mortalidade de crianças de 5 a 11 anos durante a pandemia chegou a 4,9%. Somente no Distrito Federal, três crianças morreram por causas associadas à Covid-19.
Os dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica concluiu que durante o ano passado a doença viral foi a segunda causa de morte desse público. O ministro Marcelo Queiroga disse que caiu a taxa de óbito a cada três dias.