Conquista do voto feminino completa 90 anos

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Integrantes do movimento sufragista do Rio Grande do Norte/Arquivo/Agência Câmara
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A representatividade ainda é pequena, apesar das mulheres constituírem a maioria dos eleitores

Texto de Thiago Guimarães

Na próxima quinta-feira (24) é comemorada a conquista do direito ao voto por parte das mulheres no Brasil. A demanda de mulheres pelo direito de votar e de serem eleitas ganhou corpo no início do século XX, a partir do movimento sufragista brasileiro.



O exercício de direitos políticos só seria estendido às mulheres em 1932, quando o novo código eleitoral do país entrou em vigor, em pleno governo provisório do ex-presidente Getúlio Vargas. Dois anos depois, em 1934, o voto feminino passa a ser previsto pela Constituição.

A conquista desse direito também foi impulsionada por várias pioneiras, como a professora Celina Guimarães Viana, que pôde, por meio de um requerimento, votar em 1927 e se tornou a primeira eleitora do país. Outro nome é o de Leolinda de Figueiredo Daltro, uma das fundadoras do Partido Republicano Feminino, criado em 1910.



A zoóloga paulista Bertha Lutz, uma das criadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, é apontada como uma das maiores líderes na luta pelos direitos políticos das mulheres.

Atualmente, mesmo com a maioria do eleitorado, as mulheres ocupam pouco espaço na legislatura. No Senado, 12 vagas foram ocupadas por senadoras, o que representa 14,8% das 81 cadeiras. Já na Câmara dos Deputados, 77 dos 513 parlamentares eleitos são mulheres.


De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o aumento do número de vereadoras eleitas foi de 19,2%. Neste ano, 16,1% dos candidatos escolhidos pelo eleitorado foram mulheres. Já em 2016, o índice foi de 13,5 %.

Na eleição para prefeitas, a quantidade de mulheres eleitas foi 4,4% maior do que a registrada no pleito anterior. Em 2016, 11,5% das cadeiras foram ocupadas por mulheres e neste ano, 12%.

Em julho do ano passado, o Brasil ocupava a posição de número 140 no que se refere à participação política feminina, em ranking que contempla 192 países pesquisados pela União Interparlamentar. O País está atrás de todas as nações da América Latina, com exceção do Paraguai e do Haiti.



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