Um dos grandes atrativos é o marcado potencial de 45 mil toneladas por ano
O brasiliense consome por ano 45 mil toneladas de peixe, sendo um dos maiores mercados consumidores do Brasil. De acordo com a Emater-DF, apenas seis mil toneladas (15% do total) é produzido por aqui.
A piscicultura é uma atividade que pode ter crescimento junto aos pequenos produtores rurais. A criação tilápia e tambaqui – desde a aquisição dos alevinos à capacitação para se tornar um criador e à assistência técnica – é oferecida pelo governo. O projeto Alevinar, da Secretaria de Agricultura (Seagri), é uma alternativa para incentivar a produção.
A Granja Modelo Ipês, criada pela Seagri e localizada no Park Way, produz alevinos (peixe recém-saído do ovo) e distribui a criadores cadastrados. São em média 500 mil alevinos por ano, e a próxima produção será no fim de 2022. Os escritórios da Emater visitam a propriedade dos interessados e oferecem cursos de 40 horas para profissionalização do produtor.
Segundo o coordenador do programa de aquicultura da Emater, Adalmyr Borges, com um investimento de cerca de R$ 20 mil é possível começar a produzir peixes.
O produtor rural Ademir Gomes partiu para a piscicultura há seis anos. Produz hoje uma média de 10 toneladas de tilápias por ano em oito tanques construídos em sua chácara, na área rural de Ceilândia.
“Fiz vários cursos e, hoje, tudo que preciso o governo me dá o suporte aqui. Outro dia, tive um problema com a mortalidade dos peixes e um técnico esteve aqui para me orientar”.
Entre as linhas de financiamento rural disponíveis na capital e que também atendem a quem quer criar o pescado, está o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), que oferece empréstimos até R$ 200 mil. E também o Prospera, oferecido pela Secretaria de Trabalho (Setrab). Aos produtores, é possível procurar a Seagri pelo email getec@seagri.df.gov.br ou pelo telefone 3380.3112. Ou se cadastrar junto a um dos 14 escritórios da Emater espalhados pelo DF.