O Produto Interno Bruto cresceu 4,6% em 2021, mas houve uma variação negativa na agropecuária
Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados há pouco pelo IBGE, surpreenderam positivamente os economistas que analisaram os dados. Em 2021, o PIB cresceu 4,6% frente a 2020. Houve crescimentos na Indústria (4,5%) e Serviços (4,7%) e variação negativa na Agropecuária (-0,2%).
Frente ao 3º trimestre, na série com ajuste sazonal, o PIB cresceu 0,5%. A Agropecuária e os Serviços cresceram 5,8% e 0,5%, respectivamente, enquanto a Indústria recuou 1,2%.
Em relação ao 4º trimestre de 2020, o PIB avançou 1,6% no último trimestre de 2021, quarto resultado positivo consecutivo, após quatro taxas negativas nesta comparação. Foram registradas quedas na Agropecuária (-0,8%) e Indústria (-1,3%), enquanto os Serviços cresceram (3,3%).
A variação negativa do Valor Adicionado da Agropecuária no ano de 2021 (-0,2%) decorreu do fraco desempenho de algumas culturas da lavoura (cana de açúcar, milho e café) e da pecuária (bovinos e leite), impactadas, principalmente, pelas condições climáticas adversas.
No acumulado do ano, o PIB em valores correntes totalizou R$ 8,7 trilhões, sendo R$ 7,4 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 1,3 trilhão aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
A taxa de investimento no ano de 2021 foi de 19,2% do PIB, acima do observado no ano anterior (16,6%). A taxa de poupança foi de 17,4% em 2021 (ante 14,7% em 2020).
“Todas as atividades que compõem os serviços cresceram em 2021, com destaque para transporte, armazenagem e correio (11,4%). O transporte de passageiros subiu bastante, principalmente, no fim do ano, com o retorno das pessoas às viagens. A atividade de informação e comunicação (12,3%) também avançou puxada por internet e desenvolvimento de sistemas. Essa atividade já vinha crescendo antes da pandemia, mas com o isolamento social e todas as mudanças provocadas pela pandemia, esse processo se intensificou, fazendo a atividade crescer ainda mais”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.