A obra ficou paralisada algumas vezes por irregularidades. O sistema deverá atender a 1,3 milhão de pessoas
Finalmente será inaugurado na quarta-feira (06), às 11 horas, o Sistema Produtor Corumbá, uma das maiores obras de saneamento do país. É um conjunto de obras para captação de água do reservatório de Corumbá IV com estruturas de tratamento de água potável para ser consumida no Distrito Federal e em Goiás.
Pelo menos 1,3 milhão de pessoas devem ser atendidas a partir do ponto de captação em Luziânia. Na primeira etapa foram investidos R$ 500 milhões, segundo informou hoje (01) a Saneago, a empresa parceira nesta obra com a Caesb.
O sistema vai atender as pessoas que moram em Luziânia, Valparaíso de Goiás, Cidade Ocidental e Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. Também serão atendidas as cidades de Santa Maria, Gama, Recanto das Emas, Park Way e Riacho Fundo II.
Está em processo de consolidação para fornecimento de água potável para o Setor Habitacional Ponte de Terra e Setor Meirelles e Águas Lindas de Goiás.
Segundo se informou, a Caesb e a Saneago executaram juntas a adutora de água bruta composto por uma tubulação de aço de quase 28 quilômetros até a Estação de Tratamento de Água Corumbá.
Uma novela com irregularidades
Em janeiro de 2018, os governadores do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), estiveram hoje na Estação de Tratamento de Água Valparaíso. Rollemberg disse na ocasião que o DF já fez 72% da obra de sua parte do Sistema Produtor de Água de Corumbá.
A obra deveria estar concluída até o final do ano. As obras ficaram paralisadas por meses após suspeita de superfaturamento por parte de Goiás.
O então governador Marconi Perillo (PSDB), tinha garantido em janeiro de 2018, que os trabalhos seriam entregues a tempo.
“Todos os ajustes necessários foram feitos. A sintonia entre os governos e as empresas é perfeita, vamos cumprir o cronograma”, registrou a Agência Brasília.
Em setembro de 2020, informou-se que as obras estavam na reta final com 97% das obras concluídas por parte do Distrito Federal, segundo informações da Caesb.
Em julho de 2019, seis pessoas foram presas pela Polícia Civil do Distrito Federal, uma delas um ex-diretor de um consórcio de empreiteiras que construiu a Usina Corumbá 3. Os suspeitos superfaturavam contratos, realizavam contratações fraudulentas e pagamentos extras para empresas criadas com este objetivo, segundo a Polícia Civil. Os valores chegariam a R$ 7 milhões.
Negócios às margens do lago
A criação do Lago Corumbá IV proporcionou a criação de empreendimentos pequenos e também muito grandes. Às margens do lago surgem negócios que exploram a navegação e também a hotelaria.
Há pelo menos três grandes empreendimentos em execução. Um deles é a Fazenda Canoa, em Silvânia, que é a nova aposta para incrementar o turismo. O projeto prevê a movimentados R$ 150 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV).
Os outros empreendimentos são as obras do Bali Park Resort, em Luziânia, o Escarpas Eco Parque, em Abadiânia