País se solidariza com todo o povo ucraniano e pede que o Direito Internacional Humanitário seja respeitado
O governo brasileiro prestou nesta quarta-feira (06) solidariedade às famílias das vítimas dos mortos em Bucha, em meio à guerra na Ucrânia. A Rússia não foi mencionada numa nota de quatro parágrafos divulgada pelo Itamaraty.
“O governo brasileiro recebeu, com grande consternação, as notícias e imagens de violência contra civis e de elevado número de mortos, muitos dos quais com sinais de tortura e maus-tratos, na localidade de Bucha, na Ucrânia”, afirma o texto.
O Ministério das Relações Exteriores acrescenta que se solidariza com todo o povo ucraniano e pede que o Direito Internacional Humanitário seja respeitado.
A retirada das tropas russas da região de Kiev deixou um rastro de atrocidades. Imagens divulgadas no sábado por autoridades ucranianas mostraram dezenas de corpos de civis pelas ruas de Bucha, alguns com sinais de tortura e amarrados, e valas comuns com centenas de mortos. O cenário foi confirmado por jornalistas de vários veículos internacionais. Segundo a Ucrânia, mais de 400 mortos foram encontrados nos arredores da capital.
A Ucrânia e a comunidade internacional responsabilizam soldados russos pelo massacre. Moscou, porém, nega as acusações e alega que as imagens não passam de encenação para culpar a Rússia.
Na nota divulgada nesta quarta, evitando citar Moscou, o governo brasileiro reiterou que defende uma “investigação completa e independente de quaisquer alegadas violações” para apurar as responsabilidades.
“Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil permanece plenamente engajado nas discussões com vistas à imediata cessação das hostilidades e à promoção de diálogo conducente a solução pacífica e duradoura, em consonância com a tradição diplomática brasileira, a Carta das Nações Unidas e o direito internacional”, finaliza o texto.
O Brasil assumiu em janeiro deste ano um assento rotativo no Conselho de Segurança da ONU. No biênio 2022-2023, o país completará sua 11ª passagem pelo órgão, que tem 15 países com direito a voto, mas apenas os cinco permanentes têm direito ao veto: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia, informou a DW.