Medo de uma recessão global derrubou commodities. Risco político provoca queda nas ações da estatal
O Ibovespa fechou em forte queda nesta sexta-feira (17), voltando aos níveis de novembro de 2020, com os temores de recessão global derrubando commodities, enquanto a Petrobras desabou cerca de 6% também refletindo risco político após anunciar reajuste nos preços de combustíveis.
Os papéis da Petrobras chegaram a cair mais de 10% ao longo do dia, mas encerraram o pregão com queda de 6,00%.
O Ibovespa caiu 2,90%, a 99.824,94 pontos, menor patamar desde o começo de novembro de 2020. No pior momento, chegou a 98.401,73 pontos (-4,28%). Com tal desempenho, o Ibovespa acumulou declínio de 5,3% na semana.
O dólar avançou mais de 2% frente ao real, a terceira valorização semanal consecutiva com impulso da recente decisão do Federal Reserve – Fed (Banco Central norte americano) de subir os juros dos Estados Unidos em um ritmo mais intenso desde 1994. Essa decisão do Fed torna a moeda norte-americana globalmente mais atraente e eleva os temores de uma recessão na maior economia do mundo, minando o apetite de investidores por risco.
A moeda norte-americana à vista subiu 2,35%, a R$ 5,1460 , máxima para encerramento desde 9 de maio (R$ 5,1554 ), o que configurou seu oitavo ganho diário em nove pregões. Na semana, encurtada pelo feriado de Corpus Christi na quinta-feira (16), o dólar avançou 3,14%.