Também foram congelados cerca de R$ 1,7 trilhões em recursos financeiros de oligarcas
Em uma claro sinal de como as relações entre Moscou e o Ocidente se deterioraram devido à guerra na Ucrânia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) passou a classificar a Rússia como a principal ameaça à segurança das nações que formam a aliança militar.
No mais recente conceito estratégico da aliança, divulgado nesta quarta-feira (29) durante a cúpula da organização, em Madri, os 30 países-membros apontaram que “a Federação Russa é a ameaça mais significativa e direta à segurança dos aliados e à paz e à estabilidade na zona euro-atlântica” para a próxima década.
Em 2010, na cúpula realizada em Lisboa, em claro contraste, o documento indicava que a Otan buscava construir uma parceria de longo prazo com a Rússia. Dmitry Medvedev, o presidente do país na época, chegou a participar do encontro no qual o tema foi abordado.
A força-tarefa criada para fazer valer as sanções internacionais contra a Rússia congelou mais de US$ 330 bilhões (em torno de R$ 1.725 trilhão) em recursos financeiros de propriedade de membros da elite russa e do Banco Central de Moscou.
A informação foi dada hoje em nota emitida pelo próprio grupo, chamado Força-Tarefa para Elites, Representantes e Oligarcas Russos (Repo, na sigla em inglês), criada pelos principais aliados da Ucrânia.
Segundo o comunicado, foram bloqueados US$ 30 bilhões de oligarcas próximos do Kremlin e autoridades do regime de Vladimir Putin. Outros US$ 300 bilhões do Banco Central russo também foram congelados, segundo a DW.