Estopim dos protestos foi a morte de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos que estava sob custódia da polícia
O total de mortes na atual onda de protestos no Irã aumentou para 35, segundo a contagem oficial, após a brutal repressão das forças de segurança durante os vários dias de manifestações pelo país.
Ao mesmo tempo, entidades denunciam o uso de munição real pela polícia contra manifestantes desarmados. Veja imagens abaixo de um protesto.
O estopim dos protestos foi a morte de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos que estava sob custódia da polícia da moral iraniana. Ela tinha sido detida por não usar o véu islâmico obrigatório sobre a cabeça.
Amini foi dada como morta depois de passar três horas em coma. Ativistas denunciam que ela teria sofrido um golpe fatal na cabeça, o que foi negado pelos policiais. Mas, uma foto da jovem a mostra deitada, com os olhos negros inchados e a orelha sangrando.
A imagem de Amani se espalhou rapidamente na internet, desencadeando protestos contra a humilhação diária e o abuso sofrido por mulheres iranianas devido ao uso obrigatório do hijab.
Na maior onda de protestos no país nos últimos três anos, iranianas queimaram véus islâmicos e cortaram seus cabelos em desafio ao rígido código de conduta imposto pelas autoridades.
A televisão estatal iraniana confirmou neste sábado (24) que o número de mortes quase dobrou, aumentando de 17 para 35, incluindo cinco membros das forças de segurança.
A polícia prendeu centenas de pessoas em todo o país. Somente na província de Guilan, no noroeste do país, foram anunciadas as prisões de 739 “agitadores”, incluindo 60 mulheres.
Can a tyrannical regime prepared to stay in power at any cost be defeated?
That is the question. https://t.co/XMk2vQP0db— Frida Ghitis (@FridaGhitis) September 23, 2022