Entre os casos registrados pela Anistia Internacional do Brasil estão ataques a servidores e voluntários
Por Misto Brasília – DF
No período do segundo turno das eleições gerais, houve um crescimento de 40% nos registros de violência política se comparados com o primeiro turno. A observação está registrado no “A intimidação como método — violências e ameaças contra eleitoras e eleitores em 2022“, divulgado neste sábado (29).
O documento é da Anistia Internacional no Brasil. No segundo turno, duas situações de violência com motivação política foram documentadas por dia. As situações foram documentadas em 20 dos 26 estados brasileiros.
Foram 59 registros, identificados entre 2 e 26 de outubro. A maior parte de ocorrências (19%) se deu justamente no dia da votação.
São alguns dos casos registrados, ataques às urnas eletrônicas, ataques a servidores e voluntários em serviço no dia das eleições. Também restrição no direito de livre circulação de eleitoras e eleitores e assédio às pessoas que votam.
Foi relacionado violação do sigilo do voto e violência doméstica por motivação política.
“As notícias sobre a intensificação da violência e ameaças contra pessoas que exercem seus direitos civis e políticos são alarmantes. Entre eles, o aumento exponencial de denúncias de assédio eleitoral por parte de trabalhadoras e trabalhadores que sofrem pressão para definir ou declarar seu voto, incluindo ameaças de perder o emprego se não o fizerem, é muito preocupante.”, aponta diretora da Anistia Internacional para as Américas, Erika Guevara Rosas.