Navio que bateu na Rio-Niterói deveria ter sido removido

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Momento em que o navio graneleiro desgovernado bate na ponte Rio-Niterói/Reprodução vídeo
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Ordem judicial foi emitida em setembro do ano passado, mas não foi cumprida pela Navegação Mansur

Por Leo Rodrigues – RJ

O juiz Wilney Magno de Azevedo Silva havia ordenado, em setembro de 2021, a remoção do navio que colidiu na noite de ontem (14) com a Ponte Rio-Niterói.

A decisão se deu no âmbito de um processo movido quase dois anos antes pela Companhia Docas do Rio de Janeiro contra a empresa Navegação Mansur, responsável pela embarcação.



Na época, já havia receio de que o navio pudesse se soltar e ficar a deriva. Tanto a Companhia Docas como a Capitania dos Portos, vinculada à Marinha, apontaram no processo a existência de riscos à navegação, de poluição do meio ambiente e à vida humana.

Batizado de São Luiz, o navio envolvido no acidente é um petroleiro com bandeira das Bahamas. Segundo a Marinha, uma ventania arrebentou as amarras que ancoravam o navio desde 2016, deixando-o deriva.


Após o choque com a Ponte Rio-Niterói ocorrido por volta de 18 horas, o trânsito foi totalmente interditado pela concessionária Ecoponte, mas liberado parcialmente cerca de três horas depois.

Na manhã de hoje (15), o fluxo foi completamente normalizado. Avaliações de engenheiros constataram que os danos não foram estruturais. Após o acidente, o navio foi resgatado por três rebocadores e, de acordo com a Marinha, será atracado no Porto do Rio de Janeiro.


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