Liliane de Souza Dantas é acusada de extorsão dentro da confusa disputa pelo controle do partido
Por Misto Brasília – DF
Mais um capítulo está sendo escrito hoje (16) pela manhã na disputa pelo controle do Partido Pros. Desta vez, está sendo cumprido um mandado de busca e apreensão na residência da servidora da Liderança da agremiação na Câmara, Liliane de Souza Dantas. Última atualização às 8h09
A ordem judicial partiu da 5ª. Vara Criminal de Brasília e está sendo executada pelos agentes do Gaeco, do Ministério Público do Distrito Federal.
A busca dentro da Operação Êxodo 23.7 ocorre depois que um desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal foi acusado de receber R$ 5 milhões através de uma irmã. O próprio magistrado acionou o Ministério Público que descobriu que esse pagamento era uma denúncia sem fundamento feito pela Liliane de Souza.
O atual presidente Eurípedes Júnior, e seu antecessor, Marcus Holanda, disputam a presidência da legenda.
Em meio à disputa, chamou a atenção o repasse de recursos do Fundo Partidário, efetuado sob a presidência de Eurípedes, para candidatos que tiveram resultados inexpressivos nas eleições gerais deste ano.
O desembargador deu um despacho favorável a uma das partes em disputa pelo controle do partido. Agora, a funcionária da Liderança vai ser acusada de extorsão, lavagem de dinheiro e participação numa organização criminosa, já que outras pessoas teriam interesse nessa confusão.
Também está sendo investigado o pagamento de R$ 250 mil em dívidas contraídas por Liliane.
Confusão e briga judicial no STJ e no TJDF
O ministro Antonio Carlos Ferreira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), reverteu uma decisão da própria Corte e devolveu o comando do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) a Marcus de Holanda, eleito para presidência da legenda em julho de 2020.
A mudança aconteceu três dias após o vice-presidente do STJ, ministro Jorge Mussi, determinar o retorno de Eurípedes Jr à presidência da legenda, argumentando que não haveriam provas para justificar a saída do político, destituído do cargo em março deste ano, após decisão da 2ª instância da Justiça do Distrito Federal.
Na manifestação de agosto deste ano, o ministro Antonio Carlos Ferreira considerou, no entanto, que o órgão não tem competência, neste momento, para examinar o pedido já que ainda cabe análise de recursos na segunda instância, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF).