Senador eleito tem se preocupado em defender os presos radicais, que destruíram o patrimônio e vilipendiaram a República

Por Gilmar Corrêa – DF

Reza a máxima popular, que se você não tem nada para falar, fique calado. O senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos) tem soltado o verbo no Twitter nos últimos três dias.

Puxa a Constituição e levanta artigos de leis para defender os vândalos. Sim, defender os vândalos.

Escreve sobre “prisões indiscriminadas” e chegou a reproduzir reclamações dos detidos de que não estavam sendo “bem atendidos” na Academia da Polícia Federal.

Nenhuma palavra do general da reserva sobre a ilegalidade de insistir num golpe, em depor o governo e de quebrar as regras legais pelos radicais. Melhor ficar calado.

Ao defender os direitos humanos para os detidos, o senador eleito deve imaginar as condições de milhões de brasileiros que lutam pela sobrevivência. Não tiveram churrasco por mais de dois meses nas cercanias do QG do Exército, como os bolsonaristas radicais.

Mourão, não fala que oficiais, muitos dos quais seus amigos, que prevaricaram. Não fala que lá no fundo da caserna há um desejo inconfessável pelo golpe. Não sou eu que estou dizendo. São os próprios que vão às redes sociais e estimulam a desordem.

O general da reserva não disse nada sobre a incompetência do Exército em defender o Palácio do Planalto, invadido e destruído.

É bom lembrar que existe um batalhão (entre 400 a 700 homens) para cuidar do Planalto, do Palácio da Alvorada, do Palácio do Jaburu e da Granja do Torto.

E que dispõe de todos os recursos para defender o nosso patrimônio, até mesmo tanques, helicópteros e outras armas de grosso calibre.

E não diz nada quando um oficial do Exército quis liberar os vagabundos que destruíram nosso patrimônio. Foi contido aos berros por outro oficial, desta vez da Polícia Militar do Distrito Federal. Este oficial impediu que a prisão em flagrante deixasse de ser feita e que os desordeiros terroristas saíssem pelos fundos do Planalto.

A situação política do Brasil está bem complicada.  Manifestações como a de Mourão, que só vê um lado, o seu, não contribui para pacificar o país. O senador já acertou a mão em algumas manifestações. Agora, perde o rumo.

Ele sabe que o ovo da serpente dos radicais eclodiu, Eleito democraticamente, o general da reserva deveria vir em defesa da liberdade do Brasil, não em defesa dos radicais que estupram a Constituição. Agora, reclamam das condições da triagem policial.

Tomara que a situação desse pessoal piore e vejam como estão os nossos presídios. Daí devem ter uma bandeira para se preocupar.