General Arruda se negou a remover um homem de confiança de Bolsonaro do comando de um batalhão
Na tarde deste sábado (21), o presidente Lula da Silva decidiu exonerar o comandante do Exército, Júlio César de Arruda. Em seu lugar entrará o chefe do Comando Militar do Sudeste (CMSE), o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, conforme noticiado.
A tensão entre governo e militares é notória, uma vez que a presidência acredita que as Forças Armadas foram coniventes com as invasões aos prédios dos três Poderes no dia 8.
Entretanto, mais do que a elevação dos ânimos com os atentados, uma resistência do ex-comandante foi a gota d’agua para Lula: o presidente solicitou a imediata remoção do tenente-coronel Mauro Cid do cargo, mas o pedido não foi atendido, de acordo com o jornal O Globo.
Mauro Cid, que é conhecido como coronel Cid, estava no comando de um batalhão das forças especiais do Exército, em Goiânia. Ele foi ajudante de ordens e homem de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro durante todo o seu mandato.
Bolsonaro inclusive, há poucos dias do fim do seu governo, redirecionou o coronel para a unidade em Goiânia. Esta unidade tem equipes especialmente treinadas para tarefas em campos inimigos.
Além de não ter cumprido a solicitação de Lula, o general Arruda disse a vários interlocutores militares nos últimos dias que não aceitaria se fosse expedida uma ordem de prisão contra Cid, que é investigado por em um inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), relata a mídia.
Lula, como comandante supremo das Forças Armadas, não poderia ter outra atitude: ou demitia Arruda ou nunca mais teria como almejar ter o controle das Forças Armadas.