O material bélico que seria levado até a Alemanha e usado em tanques, daria ao Brasil cerca de R$ 25 milhões por um lote
No último dia 20, o presidente Lula da Silva vetou um pedido do governo da Alemanha para que o Brasil fornecesse munição de tanques que seria repassada por Berlim à Ucrânia.
A decisão ocorreu na reunião do petista com os chefes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, José Múcio, segundo a Folha de São Paulo. A proposta teria sido levada pelo ex-comandante do Exército, Júlio Cesar Arruda, que foi exonerado no dia seguinte (21).
A mídia relata que de acordo com militares e políticos com conhecimento do episódio, Arruda afirmou que o Brasil embolsaria cerca de R$ 25 milhões por um lote de munição estocada para seus tanques Leopard 1, o modelo que antecedeu o tanque desejado pelo governo ucraniano, o Leopard 2.
O ex-comandante brasileiro levantou a hipótese de exigir de Berlim que não enviasse o produto para a Ucrânia, o que não faria sentido. Em resposta, Lula teria negado o pedido alegando que não valia a pena provocar Moscou.
O fato de a discussão ser levada à presidência da República, mostra que o esforço do premiê alemão Olaf Scholz para montar um pacote de ajuda na área de blindados pesados a Kiev é mais amplo do que vem sendo divulgado, escreveu também a Agência Sputnik.