Dos casos de sigilo, que serão divulgados a partir de segunda-feira, 11 são relacionados à segurança nacional
Nesta sexta-feira (03), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, anunciou que na próxima segunda-feira (06) vai começar a divulgar o resultado da análise de 234 casos de sigilo impostos pelo governo Bolsonaro.
Desses 234 casos, 111 são relacionados à segurança nacional, 35 referentes à segurança do presidente e familiares, 49 de informações pessoais, 16 de atividades de inteligência e 23 classificados como “outros”, relata o jornal O Globo.
Um deles é o caso do processo disciplinar do Exército que livrou o general da reserva Eduardo Pazuello (hoje deputado federal), que foi ministro da Saúde e agora é deputado federal. Na época em que ainda era general da ativa, Pazuello compareceu a um ato político ao lado de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, o que o levou a ser alvo de uma sindicância.
No curso das investigações sobre a minuta do decreto do golpe, encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, no começo do mês passado, a Polícia Federal encontrou diversas digitais no documento que ajudarão a entender melhor o caso.
De acordo com o g1, a equipe da PF está usando um sistema de identificação de digitais para checar a quem elas pertencem e, com isso, avançar nas investigações.
Segundo um investigador citado pela mídia, a perícia detectou “fragmentos de digitais de diversas pessoas” que manusearam o documento, batizado de “minuta do golpe” por propor a intervenção do governo federal no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma comissão composta por onze pessoas, sendo oito militares.
Caso encontre mais digitais no documento do que as do ex-ministro, seu depoimento à PF será invalidado, uma vez que Torres declarou que recebeu o ofício de uma pessoa desconhecida e que o documento não teria nenhuma importância, tanto “que a trituraria”, relata a mídia.