Relator da CPI: atos do dia 8 de janeiro foram “orquestrados”

Deputado distrital João Hermeto MDB
Deputado distrital João Hermeto é relator da CPI dos Atos Antidemocráticos/Arquivo/CLDF
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Deputado distrital João Hermeto suspeita que coronéis conspiraram contra o comando geral da Polícia Militar

Por Misto Brasília – DF

O relator da CPI dos Atos Antidemocráticos, deputado distrital João Hermeto (MDB), sugeriu que os protestos do dia 8 de janeiro foram “tudo orquestrados e premeditados”.

Ele disse que vai pedir a quebra do sigilo telefônico do alto comando da Polícia Militar. “Por que o comandante estava no meio das manifestações todo ensanguentado e os outros (oficiais de alto escalão) não estavam”, questionou numa entrevista concedida hoje (15) pela manhã à Rádio CBN Brasília.



“Quero saber se houve alguma coisa para enfraquecer o comandante geral”, disse o parlamentar. No dia dos atos, quem comandava a PMDF era o coronel Fábio Augusto Vieira, que foi preso logo após a tentativa de golpe e depois solto sob condições no início de fevereiro.

“Tem alguma coisa errada”, garantiu. O parlamentar também criticou o acampamento dos bolsonaristas que não foi removido pelo comando do Exército. A retirada dos manifestantes radicais aconteceu apenas 12 dias após a posse do novo governo.

Numa entrevista à CNN Brasil, na tarde de ontem (14), a governadora em exercício, Celina Leão (PP), minimizou as suspeitas sobre o comando da Segurança Pública. Repetiu, como fez em outras ocasiões, que houve “uma pane” nas forças de segurança. Para muitas autoridades federais e locais, há, sim, uma “mão oculta” nos episódios de violência.


Hermeto também disse que o governador Ibaneis Rocha (MDB) por ter “negligenciado” na função. Ibaneis está afastado da função e afirma que não tem culpa pelas consequências da violenta invasão dos prédios dos três Poderes. Na entrevista à TV Record, garantiu que mais sigilos telefônicos serão quebrados.

A CPI realizou a primeira reunião ontem (14), quando foram aprovados requerimentos para convocação de nove pessoas, além da quebra de sigilo telefônico do ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. O ex-ministro que voltou à função ainda está preso por determinação do Supremo Tribunal Federal.


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