Representação passa a ser controlada por outras forças, o que deve impactar nos entendimentos em torno da Comissão de Segurança
Por Misto Brasília – DF
As negociações para definir o controle das comissões pelos partidos e parlamentares continua e deve ser concluída apenas em março ou até mesmo em abril. Há uma semana, cinco novas comissões permanentes foram criadas na Câmara para atender interesses partidários e ideológicos.
Chegar a um consenso tem sido difícil, porque os maiores partidos querem as comissões de maior importância e relevância, como a de Constituição e Justiça, Transporte e Meio Ambiente. Com as novas alterações aprovadas em plenário, a Câmara passa a ter 30 comissões fixas.
Para a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, o consenso ficou mais longe por conta da criação da Frente da Segurança Pública, a ser formalizada depois do Carnaval.
Houve uma divisão no grupo e quem perdeu a queda de braço foi o deputado Alberto Fraga (PL-DF) e o deputado Capitão Augusto (PL-SP). Tradicionalmente essa frente é comandada por policiais militares, mas desta vez representantes de outras forças têm o protagonismo.
Os deputados Aluísio Mendes (União-MA), representante da Polícia Federal, e Antonio Carlos Nicoletti (União-RR), representante da Polícia Rodoviária Federal, conseguiram um terço das assinaturas necessárias para criar a frente. Os dois parlamentares devem ficar com o controle do grupo, o que acaba com a hegemonia dos militares.
No ano passado, foram criadas seis frentes, entre as quais em defesa dos recicladores e dos técnicos agrícolas. Tradicionalmente, as frentes partidárias são formadas no início de cada Legislativa.
A deputada Socorro Neri (PP-AC), por exemplo, está em busca das assinaturas para uma frente ambiental. O deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS) quer uma Frente Parlamentar Mista em Defesa da Direita Conservadora.