Brasil votou a favor da resolução. Em votações semelhantes, na época de Bolsonaro, optou pela neutralidade
A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou nesta quinta-feira (23), por ampla maioria, uma resolução que exige a retirada imediata e incondicional das tropas russas da Ucrânia e pede uma paz abrangente, justa e duradoura.
A resolução, elaborada pela Ucrânia e seus aliados com apoio da União Europeia (UE), obteve 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções entre os 193 Estados-membros da ONU.
O resultado evidencia mais uma vez o isolamento de Moscou no cenário internacional, um dia antes da invasão russa completar um ano.
Os países que votaram contra o texto foram a Rússia, Belarus, Síria, Coreia do Norte, Eritreia, Mali e Nicarágua. Entre os que se abstiveram estão China, Angola, Moçambique e Cuba.
O Brasil votou a favor da resolução. Em votações semelhantes realizadas anteriormente, o governo brasileiro, sob a tutela de Jair Bolsonaro, optou pela neutralidade, enquanto buscava uma aproximação com Moscou em razão de interesses comerciais.
No ano passado, o Brasil ainda votou a favor de duas resolução contra a Rússia, condenando a invasão e a anexação de territórios ucranianos por parte de Moscou.
A votação desta quinta-feira ocorreu em uma sessão especial de emergência da Assembleia-Geral para marcar um ano da guerra iniciada pela Rússia na Ucrânia, e depois de dois dias de discursos de diplomatas de mais de 75 países, informou a DW..