No dia 25 de abril de 1974 uma uma revolta pondo fim ao regime ditatorial de Salazar
Após a polêmica entre parlamentares e convocação de brasileiros por líder de partido contra o discurso do presidente Lula da Silva (PT), no dia 25 de Abril em Portugal (Dia de Liberdade) o Parlamento do país decidiu que o mandatário brasileiro não falará na sessão solene, e sim, em uma à parte.
Agora, o discurso pode acontecer antes ou depois da data, ou até mesmo no dia da comemoração da Revolução dos Cravos, mas não na sessão solene, de acordo com o jornal O Globo.
Segundo Augusto Santos Silva, presidente do Parlamento, “agora que ouvi uma conferência de líderes, posso dizer que teremos uma conferência de boas-vindas ao presidente do Brasil e na qual intervirão o presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa] e o presidente do Brasil”, afirmou Santos Silva, citado pela mídia.
Conforme informado ontem (28), o discurso do líder brasileiro foi visto com rejeição por duas frentes: parlamentares que não ficaram satisfeitos com ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, ter feito o anúncio da palestra de Lula antes de ter sido votada no Parlamento, e pela ala de extrema direita, representada por André Ventura presidente do partido Chega, que convocou brasileiros no país para protestar contra a ida de Lula.
A agenda de Lula em terras lusitanas é de 23 a 25 de Abril e também acontece pela retomada das cúpulas Brasil-Portugal acordadas entre Marcelo de Souza e o petista na sua ida à capital portuguesa em novembro do ano passado.
De acordo com a História, Dia da Liberdade é comemorado porque esta data celebra-se a revolta dos militares portugueses. No dia 25 de abril de 1974 levaram a cabo um golpe de Estado militar, pondo fim ao regime ditatorial do Estado Novo, que era liderado por António de Oliveira Salazar.