Acordo histórico nas Nações para proteger os oceanos

Oceano gaivotaMisto Brasília
Os oceanos estão sendo poluídos, embora sejam importantes ecossistemas que devem ser preservados/Arquivo/Orla Rio
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O documento define, entre outras coisas, as bases para o estabelecimento de zonas marítimas protegidas

Os países da ONU alcançaram neste sábado (05) um acordo histórico para a proteção dos oceanos. O avanço ocorreu após 15 anos de negociações.

Ambientalistas afirmam que o pacto é vital para salvar o ecossistema marinho, reverter a perda de biodiversidade dos mares e garantir o desenvolvimento sustentável.



O consenso foi alcançado após uma maratona de negociações que teve início em 20 de fevereiro e que deveria ter terminado na sexta-feira, mas que continuou durante a noite até sábado, com mais de 35 horas seguidas de discussões.

O acordo juridicamente vinculativo para preservar e assegurar o uso sustentável da biodiversidade oceânica foi finalizado após cinco longas rodadas de debates.

“O navio chegou à costa”, anunciou a presidente das negociações, Rena Lee, ao confirmar que havia finalmente um consenso sobre o documento. A notícia foi aplaudida de pé pelas delegações reunidas na sede das Nações Unidas, em Nova York.


O documento define, entre outras coisas, as bases para o estabelecimento de zonas marítimas protegidas, o que deverá facilitar o cumprimento da promessa internacional de colocar pelo menos 30% dos oceanos sob proteção até 2030.

Os interesses econômicos foram os principais pontos de discórdia nesta última rodada de negociações, com países em desenvolvimento pedindo uma parcela maior no espólio da “economia azul”, incluindo a transferência de tecnologia.



O compartilhamento dos benefícios dos “recursos da genética marinha”, usada em indústria de biotecnologia, também foi um dos fatores do impasse.

Para que a meta de 30% dos oceanos protegidos seja cumprida, 11 milhões de quilômetros quadrados no mar precisam ser colocados sob proteção por ano até 2030, segundo o Greeepeace, destacou a DW.


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