PCC monitorava família do senador Moro há dois meses

Sérgio Moro entrevista Misto Brasília
Sérgio Moro é senador da República pelo Paraná/Arquivo
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Em São Paulo, o ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino, negou que a operação de hoje tenha relação com as declarações de Lula

Por Misto Brasília – DF

O ministro da Justiça e Segurança Publica, Flávio Dino, disse hoje (22), em São Paulo, que a Operação Sequaz, da Polícia Federal não tem qualquer ligação com a entrevista dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao portal Brasil 247, nessa terça-feira (21).

Na conversa, Lula disse que, quando estava preso em Curitiba, queria se vingar do então juiz Sérgio Moro, que comandava a Operação Lava Jato e o condenou a prisão.



O PCC pretendia realizar ataques e matar servidores públicos e autoridades, entre eles Moro, atualmente senador pelo União Brasil-PR.

“É vil, é leviana, é descabida qualquer vinculação desses eventos [a operação] com a política brasileira. Fico realmente espantado com o nível de mau-caratismo de quem tenta politizar uma investigação séria. Investigação essa que é tão séria que foi feita em defesa da vida e da integridade de um senador de oposição ao nosso governo”, disse Flávio Dino.

Segundo o ministro, as investigações começaram há 45 dias, após ter sido avisado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de que criminosos estariam planejando atentados violentos contra autoridades. De posse dessa informação, Dino determinou que a Polícia Federal procedesse com as investigações, que identificaram como alvos Moro e o promotor Lincoln Gakiya.



Segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente, a família de Moro estava sendo monitorada desde janeiro.

De acordo com a mídia, os promotores de Justiça Lincoln Gakiya e Paulo Mário Sarrubo foram até Brasília, em janeiro, e se reuniram com Moro e a mulher dele, deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP).

Todas as informações reunidas foram repassadas para a direção-geral da PF, que designou um delegado para abrir uma investigação. Sergio Moro e a esposa passaram a ter reforço na segurança pessoal.

Chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador foram alugados pelos integrantes do PCC.



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