Devem ser assinados pelo menos 20 acordos bilaterais, dentre os quais, uma linha de satélites
Por Misto Brasília – DF
Na segunda-feira (10), em entrevista à Voz do Brasil, o presidente Lula da Silva (PT) afirmou que após a viagem à China pretende convidar o presidente chinês, Xi Jinping, para visitar o Brasil para dar continuidade à agenda bilateral entre os países.
O presidente viaja para a China nesta terça-feira (11), para uma agenda bilateral no gigante asiático no intuito de alinhar a cooperação e projetos com o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, registrou a Agência Sputnik.
Acompanhado por cerca de 40 autoridades, entre ministros, parlamentares e governadores, Lula vai convidar Xi a visitar o gigante da América Latina.
“Eu vou convidar o Xi Jinping para vir ao Brasil para uma reunião bilateral. Para conhecer o Brasil, para mostrar os projetos que nós temos de interesse de investimento dos chineses”, afirmou.
De acordo com Lula durante a entrevista, a expectativa é de garantir que a China não contribua com a desindustrialização do país, ao contrário, para o presidente o mais importante é construir parcerias para o desenvolvimento de infraestrutura, como o investimento em novas rodovias, ferrovias, hidrelétricas, “coisa qualquer que signifique algo novo para o Brasil”, destacou ele.
Durante a visita, devem ser assinados pelo menos 20 acordos bilaterais, dentre os quais, a construção do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos em parceria entre Brasil e China, que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica.
Na área econômica, é esperado o aprofundamento de relações comerciais desdolarizadas, feitas diretamente em real e yuan.
Na programação de três dias, estão previstos a participação na cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na sede do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do BRICS (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o encontro com empresários, com o presidente Xi Jinping e reuniões com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, lideranças sindicais e com o primeiro-ministro da China, Li Qiang.
A viagem deve terminar como de praxe, com uma cerimônia oficial de assinaturas dos acordos bilaterais, fotos oficiais, trocas de presentes e um jantar oficial.