Primeiro ministro de Lula é afastado por suspeitas

GSI Lula da Silva e Gonçalves Dias
Lula abraça Gonçalves Dias, chefe do GSI do Planalto/Arquivo/Reprodução
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Gonçalves Dias aparece em imagens durante a invasão no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro e que foram vazadas hoje

Por Misto Brasília – DF

O general Gonçalves Dias foi afastado do cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nesta tarde.

A decisão ocorre depois da repercussão negativa das imagens onde o general aparece em meio a manifestantes que invadiram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Veja a nota do Palácio do Planalto logo abaixo.



O militar teria sido forçado a pedir a demissão. Oficialmente, o afastamento teria sido a pedido, mas o general está envolvido numa grande crise política.

Antes do general – que é amigo pessoal do presidente Lula da Silva -, solicitar o afastamento, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, aprovou a convocação do ministro

Os deputados querem que ele preste esclarecimentos sobre os ataques ocorridos, em 8 de janeiro, nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. Aparentemente o general teria ajudado os bolsonaristas dentro do Palácio do Planalto. O general nega envolvimento ou facilitação dos manifestantes.



E nesta tarde, os membros da CPI dos Aos Antidemocráticos decidiram convocar Gonçalves Dias.

“Ele tem que vir aqui e dar seu depoimento. Somos favoráveis a que todos os três venham depor o quanto antes. Se eles não quiserem vir, pediremos ao STJ [Superior Tribunal de Justiça] para que autorize a convocação deles”, comunicou o presidente da comissão, deputado distrital Chico Vigilante (PT).

A queda do ministro é a primeira demissão da terceira administração do presidente. Há cerca de um mês, estava na corda-bamba o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Ele foi envolvido em uma série de denúncias, mas uma composição política acabou mantendo o deputado licenciado no cargo.



Nota do Palácio do Planalto divulgada há pouco

A violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio.

As imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais.

No dia 17 de fevereiro, a Polícia Federal pediu autorização para investigar militares e, a partir do dia 27 de fevereiro, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), tem realizado tais investigações, inclusive com a realização de prisões.

Dessa forma, todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI.

O governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio.

E reafirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

A orientação do governo permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.

Secretaria de Comunicação Social


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