A declaração foi feita durante depoimento nesta manhã na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa
Por Misto Brasília – DF
A ex-subecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública, coronel Cíntia Queiroz de Castro, confirmou hoje (27) as suspeitas de que o efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal estava abaixo do necessário no dia 8 de janeiro.
Naquele domingo não estava previsto uma manifestação até a Esplanada dos Ministérios. A quebradeira aconteceu à tarde nos prédios dos três Poderes.
A declaração foi feita durante seu depoimento nesta quinta-feira (27) na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa.
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A militar era responsável pelo planejamento do plano de defesa da Esplanada dos Ministérios na Secretaria de Segurança Pública. “O planejamento foi cumprido de acordo com o ato normativo”, assegurou.
No dia 8 de janeiro houve depredação dos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.
Ela confirmou também que tropas de choque e blindados do Exército estavam “apontados” para as tropas da Polícia Militar. “Era proibido a entrada da Polícia Militar dentro daquela área”, se referindo ao Palácio do Planalto.
Sobre a falta de efetivo da Polícia Militar, a coronel disse que a resposta está dentro da própria Polícia Militar, seja nos departamentos do Dope ou CPR. Ela observou que está fora da corporação há dois anos.
Cíntia Queiroz foi indiciada num Inquérito Policial Militar (IPM) por prevaricação numa investigação, conduzida pela Corregedoria, sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.
“Prevariquei contra a minha a minha saúde e contra a minha família”, se defendeu. “Isso fere profundamente meus deveres com a PM”, completou.