Praça dos Três Poderes deverá ser revitalizada

Praça dos Três Poderes Brasília Misto Brasília
Detalhe de um dos monumentos que podem ser vistos na Praça dos Três Poderes/Arquivo/Divulgação

A praça está mal cuidada, a iluminação é ruim e a infraestrutura de atendimento do turismo é muito precária

Por Misto Brasília – DF

O Patrimônio Cultural Brasileiro terá um orçamento recorde de R$ 135 milhões neste ano. O dinheiro deverá ser investido em ações e projetos e obras do Programa de Aceleração do Crescimento Cidades Históricas.



Os recursos serão gerenciados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Nos planos, está a revitalização da Praça dos três Poderes, que separa as sedes dos três Poderes da República.

A área é tombada pelo Patrimônio Mundial da Humanidade, possui de 26,4 mil m² e foi inaugurada em 1960, com a fundação de Brasília.

A praça está mal cuidada, a iluminação é ruim e a infraestrutura de atendimento do turismo é muito precária. Em fevereiro, o governo distrital anunciou que existe um projeto de reforma do piso de pedras portuguesas da Praça dos Três Poderes.



Pelo menos R$ 11 milhões serão investidos na obra, que depende da aprovação do Iphan. A restauração do calçamento, de acordo com o projeto, vai incluir trabalhos de impermeabilização, correção de topografia e troca ou reposição de pedras.

Em agosto de 2019, o então presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, e o governador Ibaneis Rocha (MDB), anunciaram um convênio para renovar a Praça dos Três Poderes. Em mais de três anos, nada aconteceu.

 



O presidente do Iphan, Leandro Grass, disse em entrevista à TV Brasil, que “o orçamento de agora volta a ser um orçamento semelhante ao de 2016. É uma mudança de rota na política do patrimônio cultural brasileiro”.

“Existe o desejo do presidente Lula de promover um grande plano de ação da Praça dos Três Poderes com as culturas do nosso país, com as identidades regionais, e nós estamos participando disso. Também o Memorial da Democracia, que é um desejo da ministra [da Cultura] Margareth [Menezes] que está sendo também desenhado para que isso não se repita, porque a educação patrimonial, a memória, são formas de evitar esses crimes no futuro”.



Grass disse que quase 80% das obras e patrimônios que foram depredados durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, já foram restaurados e recompostos. O trabalho do realizado por servidores do Iphan e dos técnicos do Palácio do Planalto, o Palácio do Congresso Nacional e o Palácio do Supremo Tribunal Federal.

“O Iphan deve estar vinculado ao Ministério da Cultura por excelência, porque o nosso fazer política de patrimônio cultural diz respeito não só a aquilo que fica mais visível para a sociedade, que são as obras de restauração e conservação, mas também diz muito sobre a nossa relação com o fazer cultural de cada região do país”, explicou.



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