Há falta de pessoal nos hospitais alemães e alguns brasileiros já descobriram como fazer a transição
Por Oliver Pieper – RJ
Como é trabalhar na área de cuidados de saúde na Alemanha? O que eu preciso saber antes de procurar um emprego? Que nível de conhecimento do idioma alemão eu preciso ter?
Perguntas desse tipo vêm aparecendo com frequência no Facebook, Instagram e principalmente num grupo do WhatsApp em franca expansão.
A carioca Thaiza Maria Silva Farias é capaz de responder dormindo às dúvidas de seus compatriotas sobre o assunto. Enfermeira formada, que veio para a Alemanha em outubro de 2016 e logo passou a trabalhar na sala de operações de uma clínica da cidade de Darmstadt, ela é uma espécie de pioneira no campo.
Ao constatar a falta de pessoal nos hospitais alemães e seu impacto diário sobre os pacientes, em 2022 ela decidiu usar sua experiência para criar o Nursewelt (“Mundo da/os Enfermeira/os), com o fim de incentivar seus colegas brasileiros a virem para a Alemanha.
Ao que tudo indica, a agência de recrutamento tem todo potencial de êxito, pois preenche uma lacuna de mercado que aumenta a cada ano. “Posso ajudar profissionalmente as candidatas e candidatos. Por outro lado, sei exatamente quem é necessários nas clínicas da Alemanha”, afirma Farias.
Assim, no que diz respeito a enfermagem e outros cuidados, Brasil e Alemanha parecem ser o par perfeito. Pelo menos assim pensa o ministro alemão do Trabalho, Hubertus Heil, que em junho visitará o país juntamente com a chefe da pasta do Exterior, Annalena Baerbock.
(Oliver Pieper trabalha na Agência DW)