O relatório diz que os líderes em número de ogivas são os Estados Unidos, com 1.770, e a Rússia com 1.674
As potências nucleares, inclusive a Rússia e os EUA, estão modernizando ativamente seus arsenais, com o número de ogivas implantadas aumentando em meio ao conflito ucraniano, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês).
O pesquisador do Programa de Armas de Destruição em Massa do SIPRI, Matt Korda, alerta que a maioria dos Estados possuidores de armas nucleares, ultimamente tem endurecido a retórica sobre a importância das armas nucleares, de acordo com a Agência Sputnik.
De acordo com o cientista, a elevada competição nuclear aumentou drasticamente o risco de que estas armas possam ser usadas pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
“Neste período de alta tensão geopolítica e desconfiança, com canais de comunicação entre rivais com armas nucleares fechados ou funcionando mal, os riscos de erro de cálculo, mal-entendido ou acidente são inaceitavelmente altos”, diz Dan Smith, diretor do SIPRI. “Há uma necessidade urgente de restaurar a diplomacia nuclear e fortalecer os controles internacionais sobre armas nucleares.”
Segundo as estatísticas do SIPRI, em janeiro de 2023, países como Rússia, Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão, Coreia do Norte e Israel tinham um total combinado de cerca de 12.512 armas nucleares, das quais 9.576 estavam em depósitos para uso potencial.
Isso representa um aumento de 86 unidades em comparação com janeiro de 2022. Ao mesmo tempo, cerca de duas mil ogivas (quase todas norte-americanas e russas) estavam em alerta máximo.
O relatório diz que os líderes em número de ogivas implantadas no início de 2023 são os Estados Unidos, com 1.770, e a Rússia com 1.674.
Juntos, os dois países possuem cerca de 90% do estoque total de armas nucleares. Eles são seguidos pela França e pelo Reino Unido, com 280 e 120, respectivamente.