Nos últimos dois anos são 21,5 mil pessoas. Desde novembro de 2022 foram realizados 4 mil exames na rede pública do DF
Por Misto Brasília – DF
Cinco mil pessoas aguardam há mais de dois anos na fila por exames de endoscopia digestivas alta (EDA) e baixas (EDB) na rede pública de saúde do Distrito Federal. O levantamento é do Tribunal de Contas do DF.
De janeiro a novembro de 2022, foram agendadas 7.102 Endoscopias Digestivas Altas. No entanto, apenas 4.028 exames foram realizados: 56,7% do previsto.
O levantamento também mostra que há 21,5 mil pacientes aguardando os exames. Esses exames são fundamentais para detecção de alterações e doenças em órgãos como o esôfago, o estômago, o duodeno e o intestino.
”Não há nada que justifique isto: um exame de endoscopia demorar dois anos. Isso é inaceitável! É um exame simples, que não é caro e que se, realizado a tempo, pode prevenir a evolução de doenças gravíssimas”, comentou o conselheiro Renato Rainha.
Entre os problemas apontados pelo corpo técnico do TCDF para o crescimento significativo na fila de espera estão o déficit na oferta de profissionais capacitados; a falta de equipamentos necessários; a ausência de salas aptas; além da falta de medicamentos e insumos para realizar os exames endoscópicos no DF.
“Não há uma orientação correta sobre os exames. Muito pacientes chegam aqui e não podem fazer a endoscopia porque não fizeram o preparo adequado e há um desperdício”.
A auditoria do TCDF na gestão dos serviços endoscópicos envolve todos os hospitais da rede pública que realizam o procedimento. Além do HBDF, foram visitados os Hospitais Regionais da Asa Norte (HRAN); de Ceilândia (HRC); Gama (HRG); Sobradinho (HRS); Taguatinga (HRT).