Ele disse que os membros permanentes da organização são os que fomentam as guerras
Por Misto Brasília – DF
O presidente Lula da Silva (PT) criticou nesta quarta-feira (02) o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) por não ter conseguido impedir a invasão da Ucrânia pela Rússia e não assumir “toda a sua responsabilidade” no conflito.
O mandatário alegou que o órgão não adota essa postura, porque seus “membros permanentes” – China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia – “são os que fomentam as guerras” e “acreditam que a guerra só vai acabar quando uma das partes se impuser” à outra por meios militares, divulgou a Agência DW.
“Essa guerra, se tivesse sido discutida no Conselho de Segurança da ONU, tivesse sido levada a sério e, se o Conselho de Segurança da ONU se comportasse como uma governança global, que respeitasse o coletivo dos países mundiais, possivelmente chegássemos à conclusão de que não tem que ter guerra. A Rússia não tem que invadir a Ucrânia”, afirmou a jornalistas estrangeiros reunidos no Palácio do Planalto.
Citando ainda a crescente tensão em Israele no Oriente Médio, o petista declarou que o mundo “precisa de uma nova governança global” – o Brasil aspira, há muito, um assento no Conselho de Segurança, e o novo governo tem buscado fortalecer fóruns multilaterais alternativos à hegemonia do Ocidente, como o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e o G20.
“Hoje quase todos [os países] estão investindo em armas“, criticou. “Não sabemos quanto estão investindo para acabar com a fome e a miséria no mundo.”