Um dos recrutadores do governo teria recebido R$ 24,5 milhões e comprou uma casa na Espanha
Por Misto Brasília – DF
Milhares de ucranianos pagaram subornos elevados a “recrutadores corruptos do Exército” para evitar serem conscritos em meio à operação militar especial da Rússia na Ucrânia, relata na sexta-feira (11) o jornal britânico Financial Times (FT).
De acordo com o jornal, o custo dos subornos difere em toda a Ucrânia, com “muitos desertores do recrutamento […] solicitados a pagar US$ 6.000 [R$ 29.446] por um atestado médico que os isenta do serviço militar”.
O FT mencionou Yevgeny Borisov, chefe do centro de recrutamento regional de Odessa, que foi preso em julho após ser acusado de receber mais de US$ 5 milhões (R$ 24,54 milhões) em subornos para aprovar isenções, ajudando nisso “centenas e possivelmente milhares de homens”, entre US$ 2.000 (R$ 9.815) e US$ 10.000 (R$ 49.077) por pessoa.
Os investigadores ucranianos foram citados como dizendo que Borisov usou a maior parte do dinheiro obtido ilicitamente para comprar uma casa de € 4,2 milhões (R$ 22,6 milhões) na Espanha em dezembro de 2022, e para viajar ilegalmente para o exterior para passar férias, inclusive nas Ilhas Seychelles.