A informação foi divulgada após o dia principal da 15ª Cúpula dos Chefes de Estado do Brics, na África do Sul
No segundo dia da cúpula em Joanesburgo, o grupo de economias emergentes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) chegou a um acordo nesta quarta-feira (23/08) sobre a expansão do bloco e as orientações para a adesão de novos membros , informou a ministra das Relações Exteriores sul-africana, Naledi Pandor.
“Concordamos na questão da ampliação. E adotamos um documento que estabelece diretrizes de princípios e processos para considerar os países que desejam se tornar membros do Brics”, disse Pandor à Ubuntu Radio , emissora vinculada a sua pasta.
“Os líderes dos Brics farão um anúncio mais detalhado antes da conclusão da cúpula”, acrecentou.
A informação foi divulgada após o dia principal da 15ª Cúpula dos Chefes de Estado do Brics, quando cada mandatário discursou no plenário em Joanesburgo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participou da videoconferência. Ele não passou para a África do Sul temendo ser preso, uma vez que é alvo de um mandato de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional por supostos crimes de guerra na Ucrânia.
A ampliação do bloco de economias emergentes gerou grandes expectativas internacionais sobre se poderá levar a mudanças significativas na atual ordem mundial.
Cerca de 40 países manifestaram abertamente interesse em ingressar no Brics, segundo o governo sul-africano, que recebeu “manifestações formais de interesse de líderes de 23 países”, incluindo Argentina, Irã, Arábia Saudita, Bolívia, Cuba, Honduras, Venezuela, Argélia e Indonésia.
O Brics busca mais peso nas instituições internacionais, até agora dominadas pelos Estados Unidos e pela Europa; enquanto Pequim busca expandir sua influência na competição com Washington, segundo a Agência DW.