O apresentador está internado hospital Albert Einstein desde o início de agosto. O coração veio de um homem de 35 anos
Por Misto Brasília – DF
O hospital Albert Einstein, em São Paulo, recebeu, neste domingo (27), um coração para transplante e, com isso, o apresentador Fausto Silva, o Faustão, foi operado.
O hospital informou, em boletim médico, que foi acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo na madrugada deste domingo, “quando foi iniciada a avaliação sobre a compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B”.
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De acordo com fontes do Notícias da TV, Faustão era o segundo na fila com esse tipo sanguíneo. O coração veio de um homem de 35 anos.
Em 18 de agosto, o apresentador gravou um vídeo no hospital no qual afirmou que está em tratamento.
O apresentador, que está internado na instituição desde o início de agosto, é considerado uma prioridade na fila de doação de órgãos por causa do seu estado delicado de saúde.
Segundo os médicos responsáveis, a cirurgia foi realizada com sucesso e Faustão permanecerá na UTI, pois “as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição”.
Uma média estimada pelo HCor, hospital em São Paulo referência no tratamento de doenças do coração, aponta que a espera para casos mais graves de insuficiência cardíaca pode demorar de dois a três meses por um coração. Quando o risco é menor, o tempo de espera pode chegar a 18 meses.
Segundo o cirurgião cardiovascular Edmo Atique Gabriel, no caso do transplante de coração, existem duas filas de espera: uma fila regular, de pacientes estáveis, que não estão dependentes de medicamentos e que não precisam ficar internados de forma contínua no hospital; e uma fila de prioridade.
Os pacientes apresentam piora progressiva da função cardíaca, atingindo fração de ejeção abaixo de 30%, dependência de medicamentos para suporte da pressão arterial, dependência de dispositivos mecânicos para auxiliar a função cardíaca e sinais de falência de outros órgãos, como uma insuficiência renal que necessita de hemodiálise.
Em boletim médico divulgado anteriormente, a equipe do hospital Albert Einstein detalhou um quadro de prioridade de Faustão para o procedimento. O apresentador estava sob cuidados intensivos, fazendo uso de medicamentos para auxílio na força de bombeamento do coração.
Na fila de espera do Sistema Nacional de Transplantes
Ele também estava sendo submetido a diálise, processo artificial para remover os resíduos e excesso de líquidos do corpo, necessário quando os rins não estão funcionando adequadamente.
Antes da operação, Faustão foi colocado na fila de espera do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde e fez uso de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração.
“O transplante de coração é o tratamento final da insuficiência cardíaca avançada”, explica Samuel Steffen, cirurgião cardiovascular da Rede D’Or São Luiz. “É quando todo tratamento clínico, medicamentoso, os procedimentos – como implante de desfibriladores, de ressincronizadores, e até cirurgias como a de revascularização –, quando tudo isso já foi feito”.
O transplante de coração é indicado em casos de insuficiência cardíaca refratária, ou seja, em pacientes cuja condição de insuficiência cardíaca persiste mesmo após receber o tratamento adequado, publicou a CNN..
“É o caso de pacientes em que as medicações por via oral, por exemplo, e os tratamentos medicamentosos já se exauriram, e o paciente descompensa do ponto de vista cardíaco. Ele passa a precisar de internação e de medicamentos por via endovenosa”, explica o médico.
Segundo Steffen, é possível separar os pacientes que aguardam o transplante do órgão em dois grupos: aqueles que aguardam em casa, e aqueles que estão “priorizados”, pois precisam ficar internados.
Neste segundo grupo, ainda há os que estão internados para receber medicação e outros que estão internados com o uso de assistência circulatória mecânica, ou seja, precisa de equipamentos que cumpram a função do coração ou de suas partes para sobreviver.