Negacionismo, abusos e a mão pesada de Elon Musk no Twitter, agora rede “X”

Elon Musk bilionário Misto Brasília
Elon Musk é um bilionário que decidiu comprar o Twitter/Arquivo/Divulgação
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A atitude se justificariam por razões financeiras, uma vez que o governo saudita é um dos maiores investidores do Twitter

Por Misto Brasília – DF

A rede social X, anteriormente chamada Twitter, teria ajudado a Arábia Saudita a cometer graves violações dos direitos humanos, fornecendo informações e dados pessoais de seus usuários a pedido de autoridades sauditas em quantidade muito maior do que ocorre, por exemplo, junto a países como Estados Unidos, Reino Unido ou Canadá.

A empresa adquirida no ano passado pelo bilionário Elon Musk é alvo de um processo na Justiça americana movido em maio passado por Areej al-Sadhan, irmã de um funcionário saudita de uma entidade de ajuda humanitária que foi detido e condenado a 20 anos de prisão.

Segundo os autos do processo, ao qual o jornal britânico The Guardian teve acesso, três agentes sauditas teriam se infiltrado no Twitter e trabalhado como funcionários da empresa entre 2014 e 2015, o que teria levado à prisão do irmão de Al-Sadhan, Abdulrahman, e à exposição das identidades de milhares de usuários anônimos do Twitter. Alguns destes teriam sido presos e torturados como parte da repressão do governo saudita aos dissidentes.

Os advogados de Al-Sadhan incluíram no processo novas alegações de que o Twitter, sob a liderança do ex-CEO Jack Dorsey, deliberadamente ignorou ou tinha conhecimento da campanha do governo de Riad para desmascarar seus críticos, o que não impediu a colaboração da empresa com os sauditas.

A atitude se justificariam por razões financeiras, uma vez que o governo saudita é um dos maiores investidores do Twitter, registrou a Agência DW.

Elon Musk, o rico proprietário do Twitter, alegou falsamente que a agricultura não tem grande efeito sobre o clima – provocando correções de cientistas e aumentando o medo de desinformação na influente plataforma de mídia social.

A mídia recorda que no final de junho, Musk disse que “o que acontece na superfície da Terra (por exemplo, a agricultura) não tem impacto significativo nas mudanças climáticas”.

Ele continuou, dizendo que o risco da mudança climática vem predominantemente da movimentação de carbono nas profundezas do subsolo para a atmosfera. “Com o tempo, se continuarmos fazendo isso, a composição química de nossa atmosfera mudará o suficiente para induzir uma mudança climática significativa.”

Os cientistas rapidamente apontaram que ele estava errado em dois aspectos. Primeiro, a poluição por gases de efeito estufa da agricultura, silvicultura e outros usos da terra representa 13% a 21% das emissões globais entre 2010 e 2019. Em segundo lugar, os humanos aqueceram o planeta em 1,2 grau Celsius, o que já tornou mais fortes e frequentes eventos climáticos extremos, desde inundações costeiras até ondas de calor.

Nova política de limites na era Musk

O Twitter começou a impor neste sábado (01) limites para quantos tuites por dia certas categorias de usuários podem ler. A medida afeta principalmente usuários não verificados – ou seja, os não pagantes ou que não tenham “notoriedade” pelos critérios da rede.

O empresário Elon Musk disse que esses limites são temporários e estão sendo colocados em prática para que a plataforma possa “lidar com níveis extremos de extração de dados e manipulação do sistema”.

De acordo com Musk, os limites aplicados serão os seguintes:

  • Contas verificadas: leitura de até 6.000 publicações por dia
  • Contas não verificadas: leitura de até 600 publicações por dia
  • Contas novas não verificadas: leitura de até 300 publicações por dia

Musk ainda afirmou que a limitação temporária de leitura será ampliada em breve para 8.000 publicações por dia para usuários verificados, 800 por dia para não verificados e 400 postagens para novos usuários não verificados. O empresário não informou qual seria o prazo dessa medida “temporária” ou como ela será implementada.

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