A agência Tass informou que Kim recebeu cinco drones explosivos “kamikaze” e outros apetrechos de guerra
Por Misto Brasília – DF
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, encerrou neste domingo (17) uma visita de seis dias à Rússia, onde se reuniu com o presidente Vladimir Putin e com o Alto Comando das Forças Armadas do país.
Kim embarcou em seu trem blindado de volta a Pyongyang após uma cerimônia de despedida na estação da cidade de Artyom, no extremo leste do país, a 256 quilômetros da fronteira com a Coreia do Norte. O evento contou com a presença do ministro russo dos Recursos Naturais, Alexander Kozlov.
A viagem agravou as preocupações do Ocidente quanto a um novo acordo armamentista entre as duas nações internacionalmente isoladas, o que poderia resultar em violações de várias sanções internacionais.
Analistas temem que o aprofundamento da cooperação militar possa dar novo impulso à invasão russa da Ucrânia. Moscou teria interesse em adquirir munições norte-coreanas para suprir suas forças nas frentes de batalha, enquanto Pyongyang, almejaria viabilizar o desenvolvimento de seu programa nuclear.
No entanto, a viagem de Kim e a recepção grandiosa oferecida pelos russos ao ditador deixaram claro o alinhamento dos interesses de ambas as nações, em meio ao agravamento das tensões com o Ocidente.
Washington e Seul prometeram “duras consequências” no caso de violações das sanções. O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, condenou a parceria militar entre os dois Estados como “ilegal e injusta” e disse que a comunidade internacional se unirá ainda mais para enfrentar essa questão.
A agência Tass informou que Kim recebeu cinco drones explosivos “kamikaze”, um drone de reconhecimento Geran-25 “com decolagem vertical” e um kit de vestimentas à prova de balas “não detectáveis por câmeras térmicas” como presentes do governo da região de Primorye, que faz fronteira com a Coreia do Norte e a China.