O próximo eclipse anular que poderá ser visto no Brasil ocorrerá em 6 de fevereiro de 2027, mas só no extremo sul do Brasil
Por Josiane Borges – DF
Nem os 31 graus na tarde deste sábado (14) espantaram os brasilienses da Praça do Cruzeiro, no Eixo Monumental. Abrigados embaixo dos guarda-sóis e das sombras das árvores, mais de três mil pessoas observavam o eclipse solar, que teve o seu ápice às 16h45, momento em que a Lua se alinhou entre o Sol e a Terra.
O próximo eclipse anular que poderá ser visto no Brasil ocorrerá em 6 de fevereiro de 2027. Apenas no Chuí, no extremo sul do país, será possível visualizar o fenômeno.
O Planetário de Brasília, em parceria com o Clube de Astronomia de Brasília, distribuiu gratuitamente 800 óculos com filtro solar, e alguns telescópios foram espalhados pela praça para que os presentes pudessem apreciar o fenômeno com segurança para a saúde dos olhos.
O morador de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF, Izaias Sousa, chegou cedo com a família e aguardava com grande expectativa o momento do eclipse.
“Eu sempre fui fã de astronomia e vim em busca dos óculos, pois nas lojas os com filtro fator 14, que eram os recomendados, estavam esgotados. Saí cedo de casa com meu pai, mãe e dois irmãos para acompanharmos o fenômeno aqui na praça. Hoje, é uma honra estar aqui, quero parabenizar o GDF pela iniciativa de distribuir o equipamento e nos proporcionar esse momento único”.
O desenhista industrial André Ghiorzi, tinha uma fila de curiosos atrás dele, e com paciência permitia que as pessoas olhassem pelo seu equipamento.
“O importante aqui é atrair o público para se interessar pela astronomia e pela ciência. Este é um fenômeno que acontece agora, e só veremos novamente daqui a muitos anos. Quando cheguei e vi essa multidão, fiquei muito feliz; foi um sucesso e eu não esperava que tantas pessoas viessem”.
“Os filtros que diminuem a intensidade da luz solar e bloqueiam parte da radiação violeta, como os materiais que temos aqui, os óculos, os telescópios com filtros apropriados e as câmeras, também são alguns dos equipamentos especiais”, comentou o presidente do Clube de Astronomia de Brasília, Mateus Félix.
(Josiane Borges trabalha na Agência Brasília)