Chile vai usar Inteligência Artificial para localizar desaparecidos da ditadura

Gabriel Boric presidente eleito Chile Misto Brasília
Boric, ex-líder estudantil. foi eleito presidente do Chile /Arquivo/Uno
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Financiado pelo Estado, o plano busca reconstruir os eventos que ocorreram com as vítimas após sua prisão e desaparecimento

Por Misto Brasil – DF

O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou nesta segunda-feira (15) que o governo utilizará a Inteligência Artificial (IA) para analisar informações a fim de localizar mais de 1.000 pessoas que foram presas e desapareceram durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

“No contexto dos direitos humanos, a IA [inteligência artificial] desempenhará um papel crucial no Plano Nacional de Busca dos nossos desaparecidos”, afirmou o presidente Boric durante a abertura do Congresso Futuro, um evento científico, ressaltando a importância da inteligência artificial como uma ferramenta no avanço do país.

O presidente chileno destacou o programa apresentado por seu governo em agosto, marcando a primeira vez em que o Estado chileno assume a responsabilidade de buscar os 1.162 desaparecidos durante a ditadura.

Financiado pelo Estado, o plano busca reconstruir os eventos que ocorreram com as vítimas após sua prisão e desaparecimento. Além disso, visa assegurar o acesso à informação para os familiares e implementar medidas de reparação.

“A IA possibilitará a análise de uma quantidade significativa de informações atualmente dispersas em diversas instituições”, afirmou Paulina Zamorano, chefe do Programa de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, à AFP.

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