O centro de treinamento foi adaptado para receber 120 recrutas que passarão pelo curso de 19 semanas
Por Misto Brasil – DF
A Marinha do Brasil quebrou mais um tabu nesta segunda-feira (19) ao integrar 120 mulheres no Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais. É mais uma adaptação da Marinha aos novos tempos com a participação feminina nas ações da tropa.
O Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (CIAMPA), na Zona Oeste do Rio de Janeiro, será agora o local de treinamento das mulheres junto com os homens pela primeira vez na história da Força.
O curso tem uma duração total de 19 semanas, das quais 10 delas são realizadas em regime de internato.
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) é a única tropa do Brasil formada exclusivamente por profissionais. Trata-se de força estratégica, de caráter anfíbio e expedicionário por excelência, que deve estar sempre em condições de pronto emprego, informou a assessoria da Marinha..
O Centro de Treinamento passou por diversas mudanças nos últimos meses para garantir uma recepção adequada e inclusiva às mulheres.
Entre as principais alterações estão a criação de um alojamento feminino, a instalação de câmeras de segurança no entorno desse alojamento e a introdução de um sistema de reconhecimento facial para entrada.
A enfermaria foi adaptada, normas internas de comportamento social foram estabelecidas e o material de combate foi atualizado para ser mais anatômico às mulheres.
Entre as instrutoras do curso, está a capitã tenente Gizelle Rebouças. Ela foi da primeira turma que teve a presença de oficiais femininas no curso de formação de oficiais auxiliares.
Em 2012, a capitão de Mar e Guerra (Md) Dalva Maria Carvalho Mendes foi a primeira militar brasileira promovida ao posto de oficial-general das Forças Armadas brasileiras. Seis anos depois, foi a vez da engenheira naval Luciana Mascarenhas da Costa Marroni alcançar a patente de contra-almirante.
Em 2023, a médica Maria Cecília Barbosa da Silva Conceição também foi promovida ao posto de oficial-general.