Entrega de alimentos no norte da Faixa de Gaza é interrompido

Faixa de Gaza guerra destruição Misto Brasil
Prédios se transformaram num amontoado de entulhos em Gaza/Arquivo/Reprodução vídeo
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Programa Alimentar relatou “níveis sem precedentes de desespero” em Gaza, e se viu forçado a interromper as entregas de alimentos

Por Misto Brasil – DF

O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) informou nesta terça-feira (20) que a entrega de alimentos no norte da Faixa de Gaza, que havia sido retomada neste domingo após uma pausa de três semanas, teve de ser novamente interrompida após comboios da organização se tornarem alvos de saques e atos de violência.

Funcionários do PAM relataram que “vários caminhões foram saqueados […] um motorista foi agredido” e “tiros foram disparados”. “Na segunda-feira, a viagem de um segundo comboio rumo ao norte enfrentou caos total e violência devido ao colapso da ordem civil.”

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O PAM relatou “níveis sem precedentes de desespero” em Gaza, e se viu forçado a interromper as entregas de alimentos “até que haja condições que permitam distribuições seguras”.

A ONU calcula que a guerra deixou a população de 2,2 milhões de pessoas à beira da fome e forçou o deslocamento de 1,7 milhão de palestinos em Gaza.

A guerra em Gaza teve início os ataques do grupo extremista Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que mataram cerca de 1.200 pessoas. A reação israelense, com intensos bombardeios seguidos de uma ofensiva terrestre em larga escala, deixaram quase 30 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde do enclave.

Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou ter realizado duas missões para transferir 32 pacientes em estado grave – incluindo duas crianças – do hospital Nasser na cidade de Khan Yunis, entre o domingo e a segunda-feira. O local, no sul do enclave, é alvo de um cerco imposto pelas tropas israelenses.

Ao menos 130 pacientes e 15 médicos e enfermeiros permanecem no hospital, após dias de combates no entorno do complexo. Funcionários da OMS relataram “cenas indescritíveis” em meio a condições que favorecem a transmissão de doenças.

O hospital Nasser não tem eletricidade ou água corrente; o lixo, hospitalar e comum, criam um terreno fértil para doenças”, disse a entidade, em nota.

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