O acordo bilateral válido por dez anos prevê cerca de R$ 16 bilhões em ajuda militar ainda nesta ano para o país em guerra com a Rússia
Por Misto Brasil – DF
Na semana passada, a França e a Ucrânia assinaram um acordo bilateral, válido por dez anos, sobre garantias de segurança para a Ucrânia. O pacto inclui 3 bilhões de euros (cerca de R$ 16 bilhões) em ajuda militar a Kiev em 2024.
No entanto, o governo francês está com dificuldades para reunir o financiamento e tem feito uma varredura em órgãos internos para poder cumprir a meta.
Os Ministérios da Defesa, das Relações Exteriores e das Finanças serão solicitados a redirecionar fundos e encontrar poupanças para pagar equipamentos que vão desde mísseis até artilharia, de acordo com a Bloomberg.
Segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela mídia, o financiamento do apoio terá de ser encontrado sem alterações formais no orçamento deste ano.
Além disso, a margem de manobra do governo é limitada depois de ter reduzido a sua previsão do PIB para 2024 no domingo (18) e ter dito que precisa de poupar € 10 bilhões (R$ 53 bilhões) para cumprir os compromissos de redução do seu déficit orçamentário.
Ao mesmo tempo, Paris tem sido criticada pela falta de transparência na sua assistência à Ucrânia, levando a acusações de que não está a fazer tanto como os parceiros europeus e da Otan, diz a agência. Christoph Trebesch, economista do Instituto Kiel da Alemanha que monitora a ajuda a Kiev, disse à Bloomberg que o país precisa ser mais transparente nas suas entregas de armas.
Números divulgados na sexta-feira (16) mostram que Paris gastou € 3,8 bilhões (R$ 20,3 bilhões) em apoio, incluindo sistemas de mísseis terra-ar SAMP-T, obuses autopropulsados Caesar, veículos blindados AMX 10 e mísseis SCALP.
O presidente Emmnauel Macron junto ao homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky, assinou um acordo bilateral na sexta-feira (16). O pacto seguiu-se a um acordo semelhante alcançado no início do dia com a Alemanha e um no mês passado com o Reino Unido para fornecer apoio a longo prazo a Kiev.