O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que o seu país começará a lançar ajuda aérea para os palestinos da Faixa de Gaza, um dia depois de dezenas de pessoas terem morrido na luta por suprimentos.

“Precisamos fazer mais e os Estados Unidos farão mais”, disse Biden na sexta-feira ao anunciar o plano dos EUA.

A decisão ocorre em meio a tensas negociações de cessar-fogo e à medida que aumenta a pressão política para que Biden ajude a restringir a operação de Israel em Gaza.

Os lançamentos aéreos foram criticados por grupos de ajuda como caros e insuficientes, segundo informou esta noite a BBC.

“A Oxfam não apoia os lançamentos aéreos dos EUA para Gaza, o que serviria principalmente para aliviar as consciências culpadas de altos funcionários dos EUA cujas políticas estão a contribuir para as atrocidades em curso e o risco de fome em Gaza”, disse o grupo de caridade na sexta-feira.

“Embora os palestinos em Gaza tenham sido empurrados para o limite absoluto, lançar uma quantidade insignificante e simbólica de ajuda em Gaza sem nenhum plano para a sua distribuição segura não ajudaria e seria profundamente degradante para os palestinos”, disse a Oxfam, acrescentando que os EUA deveriam, em vez disso, trabalhar para “cortar o fluxo de armas para Israel”.

Na quinta-feira, pelo menos 112 palestinos foram mortos e mais de 760 ficaram feridos enquanto se aglomeravam em torno de caminhões de ajuda humanitária que entravam na Cidade de Gaza.