Brasil e Venezuela se comprometeram a intensificar a combater a exploração ilegal de minério na região de fronteira
Por Misto Brasil – DF
O presidente Lula da Silva e seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, conversaram por mais de uma hora, nesta sexta-feira (1º), à margem da 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, no Caribe.
No encontro, que teve a presença do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, os principais temas debatidos pelos mandatários foram o comércio bilateral, parcerias para combater o garimpo ilegal nas regiões fronteiriças e as eleições presidenciais na Venezuela no segundo semestre, segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto.
Maduro afirmou na ocasião que as eleições presidenciais de seu país ocorrerão no segundo semestre, e que haverá observadores internacionais e auditoria para garantir a lisura do pleito.
O chefe de Estado venezuelano disse ter articulado amplo acordo com partidos de oposição na Assembleia Nacional.
Ainda de acordo com a nota divulgada pelo Executivo brasileiro, a dívida da Venezuela com o Brasil também foi abordada, “em especial a busca de alternativas para equacionar a questão e ampliar as trocas comerciais bilaterais”.
Os dois países se comprometeram a intensificar as parcerias para combater a exploração ilegal de minério na região de fronteira, em especial nas terras indígenas Yanomami, que abrangem áreas dos dois países, na região amazônica.
A taxa de mortes violentas intencionais de indígenas na região é de 13,1 por 100 mil indígenas, 11% maior do que a média brasileira, que é de 11,8 por 100 mil indígenas.
Desde 2023, o Brasil tem uma ação mais direta no estado de Roraima para levar ações de saúde e ampliar a segurança aos povos indígenas da região.
A Polícia Federal (PF) tem destruído aeronaves e maquinários utilizados para garimpo na chamada Operação Libertação, que visa à interrupção da logística do crime, com foco na inutilização da infraestrutura e materialização das provas sobre a atividade criminosa, informou a Agência Sputnik.