Até agora, são três magistrados contra a cassação e um contra. O julgamento foi suspenso até esta terça-feira. Mais três desembargadores precisam votar. Veja a sessão de julgamento
Por Misto Brasil – DF
A desembargadora Claudia Cristina Cristofani e o desembargador Guilherme Frederico, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, votaram nesta segunda-feira (08), em Curitiba, contra a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato.
O placar do julgamento está 3 a 1 contra a cassação. Veja logo abaixo a sessão ao vivo do TRE-PR
O desembargador Julio Jacob Junior pediu vista e com isso foi suspenso o julgamento até esta terça-feira (09), quando pretende apresentar seu voto.
Até o momento, dos sete desembargadores da Corte, quatro votaram. Desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza vou contra a cassação, desembargador José Rodrigo Sade, a favor da cassação e pela inelegibilidade, desembargadora Claudia Cristina Cristofani contra a cassação e desembargador Guilherme Frederico Hernandes Denz: contra a cassação.
Devem votar ainda os desembargadores Julio Jacob Junior (classe de advogado efetivo), Anderson Ricardo Fogaça (juiz de Direito efetivo) e Sigurd Roberto Bengtsson (presidente).
A magistrada acompanhou o voto proferido no dia 1º de abril, primeiro dia do julgamento, pelo relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza. O voto pela cassação foi proferido na sessão anterior pelo desembargador José Rodrigo Sade.
O tribunal julga duas ações nas quais o PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) acusam Moro de abuso de poder econômico pela suposta realização de gastos irregulares no período de pré-campanha das eleições de 2022.
Para a magistrada, os candidatos podem ter gastos de pré-campanha, mas não podem gastar acima da média dos demais candidatos. Segundo Claudia Cristofani, os partidos que acusaram Moro não informaram quanto gastaram na pré-campanha. Dessa forma, segundo a desembargadora, não é possível estimar os gastos dos demais candidatos para justificar gastos ilegais.
“Não posso dizer se Sergio Moro gastou mais se eu não sei quanto gastaram os demais”, justificou Cristina. O julgamento prossegue para a tomada dos votos de mais quatro magistrados.
No fim de 2021, Moro estava no partido Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. De acordo com a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União.